A cultura é definida na sociologia como o conjunto de saberes e fazeres de um povo em determinado período no tempo. Dentro das organizações entendemos esse conceito enquanto a forma como as pessoas se relacionam, como produzem, os processos que seguem e o que faz elas agirem como agem.
Em busca de simplificar o entendimento desse fenômeno organizacional, Kim Cameron (1946), um professor de administração da Ross School of Business na Universidade de Michigan, criou uma classificação funcional de modelos culturais.
Ele sumariamente defende que existem ao menos 4 formas nas quais uma organização pode se estruturar.
Uma cultura nesse formato enfatiza relações mais afetuosas entre os funcionários, como uma verdadeira extensão da família. Existindo modelos de liderança paternalistas e avaliando seu sucesso calcado na experiência do colaborador.
Culturas desse tipo tem como core a inovação. Buscando sempre a criatividade como um elemento importante na organização em curto e longo prazo. Os líderes que emergem desse tipo de cultura são aqueles que inspiram seus colaboradores.
São aquelas culturas altamente focadas em resultados e consideram seu sucesso com base em indicadores claros de performance. Pedindo líderes que funcionem como verdadeiros gestores.
Essas funcionam processualmente. Utilizam a burocracia como um elemento de estabilidade e produtividade. Cobrando seus funcionários muito mais pelo cumprimento de tarefas e procedimentos que pelos resultados em si. Os líderes mais fecundos aqui são aqueles que agem como coordenadores de tarefas.
Não existe organização que é 100% um tipo em detrimento de outros. O que observaremos na prática é um misto de características com algumas mais acentuadas e outras menos presentes. Assumindo também que departamentos diferentes assumirão micro-culturas diferentes, havendo sempre um continuum que deve estar sempre no radar do setor de Recursos Humanos.